sexta-feira, 22 de abril de 2011

DO OUTRO LADO DO MUNDO ...

Como é difícil começar um texto onde não se tem a certeza do seu fim.
Bem, acontece que do outro lado do mundo, necessariamente: Japão – Existe dentre tantos, um ser inumerável.
- Querendo ter assunto para essa escrita, pergunto: “Como gostaria de viver um romance?” – Ela, se auto titulou de “seca”, e que não se permitia pensar em algo que nunca vivera. Ahhhh, eu não aceitei! Ora, entendi.
Existem pessoas, (não sei se esse era o seu caso...) que não conseguem mais viver um relacionamento de “para sempre", de amores praticamente indestrutíveis, de um romantismo exacerbado. Humanos, são vulneráveis quando não estão “alicerçados” quanto ao que sentem. Ficamos frágeis.
Enfim, não pensem que irão ficar sem historia. Eis que surge ao longe, uma insinuação modesta de que iria tentar... E assim o fez. Começara da seguinte forma:
  “ Imagino agora, o dia da minha volta para Brasil...
Na sala de espera para embarcar, uma pessoa esbarra em mim derrubando as coisas que trazia nas mãos... Fico meio ‘passada’ com a situação... Um tanto brava...
mas não xingo, apenas lanço um olhar fulminante do tipo: "PRESTA MAIS ATENÇÃO, CARAMBA!" Recolho minhas coisas e aguardo o momento de ir para o avião... (toda a situação já era tensa, pois morro de medo de voar). Acomodo-me na poltrona, e quando dou por mim, o ser desastrado senta-se ao meu lado!
Penso: "PRONTO! AGORA QUE A VIAGEM SERÁ MAIS LONGA QUE O NORMAL"!
Passado alguns minutos, com o avião já em movimento, a “dita”, puxa conversa...
Fico meio que na defensiva e respondo ‘silabicamente’...
Agora, me via gargalhando e contando fatos de minha vida!
(Não acredito em "amor a primeira vista" e sim "amor ao primeiro contato"...)
Pela primeira vez, não durmo a viagem inteira e me encanto por alguém que horas atrás eu preferia que não tivesse cruzado meu caminho...
Chego ao rumo da viagem, uma despedida contida e uma pequena vontade de um reencontro...
Nada é marcado, nem telefone trocado...
Dias depois, num lugar qualquer da Av. Paulista, mais um esbarrão, e desta vez, o sorvete que acabara de comprar e nem havia saboreado ainda, vai ao chão...
Antes mesmo de pronunciar o "caramba!" que passou pela mente, olho, vejo, o coração dispara, as pernas tremem, as mãos suam: Era o mesmo ser!”.
Assim, ela acaba o romance da sua vida.
Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, pois nada saberia de historias de amor... Quem fui eu? – Além de uma pobre alma, que clamo o óbvio. Não há muita coerência nesse tipo de texto, aliás: não há coerência em nada aqui! Mentalmente, durmo. Acordo meio assustada, pois tudo que está em volta, não volta mais... (Ou seria “não gira mais”?! – Não sei...).
Ô menina, veja bem... Há uma coisa boa nisso tudo, (e eu não sei o que é. Ainda não...) talvez necessite de um outro olhar, ou até mesmo, um “terceiro esbarrão”.
Cá entre nós: Algo que me frustra – Saber que isso possa ser realidade, porem, não nos permitimos viver! (E se nos permitimos: Com quem viver?) Falta GENTE no mundo! 
(E sobra gente, do outro lado do mundo...)


Tarcila Santana
quinta-feira, 21 de abril/2011
(Porque não há limites, nem quando 
se estar do outro lado do mundo: -Japão !
ANATA WA TOKUBETSUDA
(Para, Dani Nakatake) 


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